Pesquisa aponta que diferença entre Lula e Bolsonaro diminuiu
A última pesquisa eleitoral Quaest, publicada hoje, aponta maior proximidade entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) na corrida pelo Palácio do Planalto. A diferença entre eles, de 14 pontos percentuais, é a menor registrada nas pesquisas do instituto desde novembro de 2021.
Lula lidera o levantamento, com 45% da preferência dos eleitores, seguido de Bolsonaro, com 31%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. No mês passado, a diferença era de 16 pontos. A maior distância entre os dois pré-candidatos foi observada em novembro de 2021, quando o petista liderava com 27 pontos a mais que o chefe do Executivo.
“A polarização parece bem consolidada se avaliamos os índices de decisão de voto, que chegam a 78% entre eleitores de Lula e a 76% entre eleitores de Bolsonaro”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest, em publicação feita no Twitter. Neste quesito, o entrevistado é questionado se o seu voto é definitivo ou se ainda pode mudar.
Nunes também aponta que houve uma redução da rejeição de Bolsonaro em relação às pesquisas anteriores. “Durante o primeiro semestre, a imagem de Bolsonaro melhorou. Sua rejeição caiu de 66% para 59%. No mesmo período, Lula manteve seu patamar de rejeição próximo dos 41%. Nem perdeu haters, nem ganhou fãs!”.
Em uma live promovida hoje pela Genial Investimentos, responsável por contratar a pesquisa, Nunes observou que houve variações de intenções de voto positivas para Bolsonaro nas regiões Nordeste e Sudeste: ele cresceu, respectivamente, 7 pontos percentuais e 3 pontos percentuais em relação a junho.
Na rede social, Nunes observa que a diferença entre Lula e Bolsonaro também diminuiu entre parcelas do eleitorado onde o petista se saia melhor: mulheres e eleitores de renda familiar entre dois e cinco salários mínimos.
Para o diretor da Quaest, o crescimento de votos de Bolsonaro pode ter relação com as críticas que o presidente tem feito em relação ao aumento dos preços dos combustíveis.
“Caiu de 28% para 25% quem diz que Bolsonaro é o principal responsável pelo aumento do preço dos combustíveis e passou de 16% para 20% quem diz que é a Petrobras. Ou seja: ele conseguiu terceirizar a responsabilidade”, afirmou Nunes na live.
Também segundo a pesquisa, 42% dos brasileiros afirmaram que Bolsonaro está fazendo o que pode para impedir o aumento dos preços dos combustíveis.
“Se nas intenções de votos ele tem 31%, em demonstração de proatividade, ele tem 42%, ou seja, o indicador está puxando para cima a viabilidade política do presidente”, acrescenta Nunes.
Fonte: Uol