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Mercado de celulares registra pior desempenho em 9 anos e encolhe 14% na América Latina

A indústria global de celulares apresentou um dos piores desempenhos da última década no último ano, e falando em regiões isoladas, o mercado latino-americano também passou por dificuldades. A Counterpoint divulgou nesta segunda-feira (27) um relatório que mostra dados referentes ao índice econômico do segmento no último trimestre de 2022.

A empresa de análises aponta que o mercado latino-americano de celulares apresentou seu pior desempenho de 4º trimestre dos últimos nove anos. O último período registrou queda de 14,2% nos envios ao varejo, indicando um encolhimento na demanda por novos produtos da categoria e excesso de estoque remanescente do 3º trimestre do último ano.

Tina Lu, analista e consultora da Counterpoint, explica que um dos fatores responsáveis pela queda nas vendas é a estratégia conservadora das fabricantes de celulares, que previram uma demanda mais tímida por novos produtos durante o fim do ano.

Além disso, entre novembro e dezembro, ocorreu a Copa do Mundo FIFA 2022. Esse evento esportivo é marcado pelo aumento nas vendas de televisores, fazendo com que consumidores adiem a compra de novos smartphones.

O envio de celulares na América Latina diminuiu 5,5% entre 2021 e 2022. Segundo Lu, esse efeito ocorreu devido à alta na inflação, instabilidade política na região e o enfraquecimento das moedas locais, fazendo com que os preços dos celulares ficassem menos atrativos.

Por outro lado, as operadoras estão realizando esforços para ampliarem a popularidade de aparelhos compatíveis com 5G. Celulares com a nova geração da rede móvel registraram market share de apenas 17% na América Latina.

Samsung é líder absoluta na América Latina

Enquanto o mercado global é dominado pela Samsung e Apple, o cenário segue diferente em países da América Latina. A fabricante sul-coreana é líder absoluta na região com 41,6% de participação de mercado no 4º trimestre de 2022 em função de sua forte presença em todos os segmentos: celulares de entrada, intermediários e tops de linha.

A Motorola fica vários pontos percentuais atrás da Samsung, mas é vice-líder no mercado latino-americano. Seu destaque fica no mercado de celulares intermediários e premium, tais que conquistam a maioria de seu público no Brasil, México e Argentina. Completando o pódio, a Xiaomi fica em 3º lugar com perda de market share no 4º trimestre de 2022.

A Apple é a 4ª maior fabricante na América Latina, e segundo a Counterpoint, um dos celulares que mantêm sua posição no ranking é o iPhone 11, lançado em 2019. Esse modelo dominou as buscas durante a Black Friday de 2022. Atualmente, a faixa de preços cobrados pelo antigo top de linha da big tech está abaixo de R$ 3 mil.

Completando o top 5 da América Latina, a OPPO marca presença, registrando um bom crescimento no México. A gigante chinesa finalmente desembarcou no Brasil, mas possui um portfólio tímido com apenas dois celulares disponíveis no país: Reno 7 e A77. Os preços praticados, por outro lado, ainda não chamam atenção do público.

Fonte: TudoCelular

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